quinta-feira, 18 de março de 2010

CGI - Parte 2

A história do Motor Diesel

Construir um motor que utilizasse totalmente a energia do combustível era à idéia do Rudolf Diesel, o criador do motor que leva seu nome, desde os tempos em que cursava universidade no final do século XIX, em Munique na Alemanha.

Depois de desenvolver vários projetos, Diesel conseguiu patentear sua idéia em 22 de fevereiro de 1893. Após correções e ajustes o motor foi oficialmente apresentado ao mercado em 1898, com 10 cv de potência. Rapidamente o motor ficou conhecido e começou a ser fabricado em toda Alemanha, sendo as primeiras aplicações feitas em fábricas geradoras de energia. Uma das primeiras empresas a produzir o motor a diesel estacionário foi a Benz& Cia., que anos mais tarde se dividiria em duas, formando a MWM (Motoren Werke Manhein AG), que ficou com a produção de motores estacionários de grande porte, e a Daimler-Benz AG, para a fabricação de pequenos motores para automóveis.
O motor é um equipamento que transforma alguma forma de energia, seja ela térmica, hidráulica, elétrica, nuclear etc.…, em energia mecânica. Conforme o tipo de energia que transforma, ele é classificado em motor de combustão, hidráulico, elétrico ou atômico. O motor a diesel aproveita a energia da queima do combustível dentro de uma série de câmaras e por isso é classificado como de combustão interna.



Bloco do Motor Diesel
O bloco de motor (figura 1) é considerado o elemento estrutural mais importante e um dos mais complexos do motor. É nos cilindros, parte integrante de sua estrutura, que acontece a compressão e explosão da mistura ar-combustível, necessária para a produção de energia pelo motor. Localizado entre o cárter e o cabeçote, o bloco aloja, entre outros, o virabrequim, os pistões e as bielas. A função destes componentes é transformar a energia térmica gerada durante a combustão em energia mecânica, gerada com o deslocamento do pistão (devido ao aumento de pressão no cilindro). Este trabalho é transformado em torque útil pelo virabrequim e está disponível no eixo do motor.


Figura 1




Dentre as principais partes de um bloco de motor está à face de fogo (figura 2). Ela é a face de junção do bloco com o cabeçote. As juntas que são colocadas entre a face do fogo do bloco e do cabeçote, pode ser de cobre, alumínio ou papelão normalmente composto por folhas prensadas, cuja função é auxiliar na vedação. As juntas precisam resistir a altas temperaturas por um longo período de tempo e serem suficientemente elásticas para que possam compensar qualquer irregularidade das superfícies intermediadas (TRAINING BOOK MWM MOTORES, 2006).


Figura 2

Bibliografia:

- BOULANGER, Pierre. Moteurs Diesel. 2° Edição, 1977. Hemus-livraria editora Ltda.
- TRAINING BOOK MMW. Manual técnico de operação e manutenção, 2006



Até a próxima.

MSc. Sander Gabaldo

2 comentários:

Armandinho disse...

Legal esse seu enfoque sobre o bloco do motor no meio da discussão sobre o fofo vermicular. Como sugestão, poderia falar também das ligas de alumínio utilizadas nos blocos dos motores de Corvettes e Peugeots...
Abração!!!

Unknown disse...

muito interessante seu blog!